domingo, 6 de julho de 2008

Apenas hoje.


O dia amanhece nostálgico, com uma sensação de alívio e saudade. Vem como quem chega devagar e manso. Sem notícias, sem felicidade, sem pranto.
O dia lentamente se levanta, um brilho sem luz, voz que não diz, um querer sem querer... Brisa que se perde antes de se sentir. Um mais ou menos. Talvez mais, talvez menos. Talvez...
Em vez? Talvez.
Talvez vivo! Pode ser que não. Quem sabe alegre? Sim ou não. Um sorriso, um afago. (?) Descanso. Descanso? Desde muito tempo canso. Caminho sem fim, túnel sem luz. Pés que querem parar.
Paro diante... Adiante.
Amanhã... Amanhã sério ser. Amanhã sentir. Amanhã... Porque fazer hoje o que se pode fazer no amanhã?
Hoje o rubro sépia das coisas envelhecidas me tomou pelos olhos. Hoje estou perdido no tempo das coisas que se confundem no caminho que existe entre o estar e o ser. Um caminho longo e de passos curtos que levam à fronteira do Lugar Nenhum.
Maick Barreto

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