terça-feira, 22 de julho de 2008

Mais uma para o meu caderno

Um céu estrelado
Um dedo apontado para o espaço
Uma noite de lua

Um céu estampado
Sonhos dependurados
Brinquedos na rua

Um céu sorridente
Andar contente
Eternamente.
Maick Barreto

domingo, 20 de julho de 2008

Iluminado



O vento acaricia meu rosto.
Sentado em frente ao mar numa cidade onde o mar não falta. Não faltam motivos para paralisar diante do horizonte azul e branco, num banco de areia, sol e brisa nos cabelos.
O sol aquece os sentimentos a flor da pele; dos poros brotam pétalas de suor, nos olhos a inconstância do mar. Respiro como as ondas, os pés enterrados nas areias mornas, o vai-e-vem me paralisa.
Por vezes a luz me cega... Passo a enxergar com clareza: Os deuses estão a meu favor, todos são por mim. Todos em mim. As forças do Olímpio me fragilizam de tal modo que chegam a fazer-me forte. Apolo e Dioniso me regem sobe a tutela de Afrodite. Me arrisco protegido.
Estou de carona no carro de Apolo, passeando na passagem dos dias com cuidado para não incendiar o mundo, ainda não estou preparado para guiá-lo, não tenho força suficiente para comandar os cavalos alados, me cabe apenas ser passageiro no carro de ouro. Enquanto isso o outro me incita, me sugere a embriaguez, o delírio.
Agradeço todos os dias por ser Libriano, por ter Apolo a meu lado esquerdo e no direito Dioniso. Afrodite é o meu eixo. Me sustenta em fios de seda.
O vento me acaricia...
Não poderia estar em melhor companhia.

Maick Barreto

terça-feira, 15 de julho de 2008

Equilíbrio

De corpo solto no ar...
Atravesso com pernas bambas a incerteza da vida.
Vou...
Sei que ir é o melhor caminho.

domingo, 6 de julho de 2008

Apenas hoje.


O dia amanhece nostálgico, com uma sensação de alívio e saudade. Vem como quem chega devagar e manso. Sem notícias, sem felicidade, sem pranto.
O dia lentamente se levanta, um brilho sem luz, voz que não diz, um querer sem querer... Brisa que se perde antes de se sentir. Um mais ou menos. Talvez mais, talvez menos. Talvez...
Em vez? Talvez.
Talvez vivo! Pode ser que não. Quem sabe alegre? Sim ou não. Um sorriso, um afago. (?) Descanso. Descanso? Desde muito tempo canso. Caminho sem fim, túnel sem luz. Pés que querem parar.
Paro diante... Adiante.
Amanhã... Amanhã sério ser. Amanhã sentir. Amanhã... Porque fazer hoje o que se pode fazer no amanhã?
Hoje o rubro sépia das coisas envelhecidas me tomou pelos olhos. Hoje estou perdido no tempo das coisas que se confundem no caminho que existe entre o estar e o ser. Um caminho longo e de passos curtos que levam à fronteira do Lugar Nenhum.
Maick Barreto

sábado, 5 de julho de 2008

Presente

O mar a lua e as asas que me permitem voar